Rede social finaliza compra do aplicativo; preço final chega a US$ 22 bilhões, graças a aumento no valor das ações do Facebook
Por Bruno Capelas
SÃO FRANCISCO – Depois de Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Eric Schmidt, o fundador do WhatsApp se junta ao time do Vale do Silício que recebe apenas US$ 1 por ano, ao assumir seu cargo no Facebook. Nessa segunda-feira, 6, a rede social de Zuckerberg finalizou a compra do WhatsApp, com o preço final subindo US$ 3 bilhões com relação ao que foi anunciado em fevereiro.
A transação total custará US$ 22 bilhões aos cofres do Facebook, graças ao aumento do valor das ações da rede social nos últimos meses.
Apesar do salário de US$ 1 por ano, Jan Koum receberá quase 2 bilhões de dólares em ações, em direitos adquiridos ao longo de um período de quatro anos, como um incentivo para que continue na empresa, segundo documento regulatório apresentado desta segunda-feira.
A compra, anunciada pelo Facebook em fevereiro e que recentemente recebeu aprovação regulatória na Europa, reforça os valores estratosféricos de startups de rápido crescimento e a disposição de players já estabelecidos, como o Facebook e o Google, de pagar por elas.
Com mais de 600 milhões de usuários ativos mensalmente, o WhatsApp é uma das maiores aquisições do ramo de tecnologia nos últimos anos.
US$ 1 por ano?
Não é a primeira vez que um grande executivo do Vale do Silício aceita receber US$ 1 por ano após “fazer seu pé de meia”: a tendência foi iniciada por Steve Jobs, e hoje é adotada por gente como Larry Page e Sergey Brin, os criadores do Google. Você deve estar se perguntando: mas como eles ganham dinheiro então?
Com ações, caro leitor: Zuckerberg, por exemplo, tem uma fortuna de US$ 27 bilhões de dólares — a maior parte dela baseada nas ações do Facebook. No ano passado, o executivo de 29 anos ganhou US$ 3,3 bilhões ao vender parte de suas ações.
/ COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS