PUBLICADA POR EPOCA NEGOCIOS – 23/11/2019 – POR SABRINA BEZERRA
Não é segredo que a economia criativa está ganhando espaço no mercado ―, “mas é uma uma ponta do iceberg. Existe um grande espaço a ser explorado no Brasil”, diz Sabrina Nudeliman, CEO da Elo Company, durante o Festival de Inovação e Cultura Empreendedora 2019, evento que acontece neste sábado (23/11/19), em São Paulo, no Co.W Berrini.
Sabrina é fundadora da produtora e distribuidora de cinema Elo Company. A empresa foi fundada em 2006 e produz filmes para grandes corporações do Brasil e do mundo. Hoje, tem cerca de 200 clientes. “Quando a gente desenvolve um filme existe muita pesquisa de experimentação. A cada 10 projetos, 3 serão produzidos e provavelmente 1 vai dar certo”, diz Sabrina.
A empreendedora destaca que empreender com economia criativa é um mercado de alto risco. No entanto, quando existe um acerto intelectual, o retorno é positivo ― e para o resto da vida. “Todo mundo acha que a economia criativa é algo hippie. Na verdade, é um dos mercados que mais se transforma rapidamente”, afirma Sabrina.
Sabrina destaca que o maior obstáculo para empreender em toda a América Latina é a diferença de costumes locais. “Os brasileiros entendem o ‘portunhol’. Eles não estão acostumados ― e nem a assistir filmes com legenda. Mas soubemos adaptar de acordo com o perfil deles”, afirma.
Um dos projetos realizados pela empresa foi uma série de empreendedores imigrantes que abriram negócio no Brasil. Um dos cases é a Bauducco. A empresa foi fundada por um imigrante italiano, o Carlo Bauducco. O negócio começou a dar certo, mas um incêndio danificou parte da estrutura da empresa. Ele pensou que era o fim. Mas na verdade, era só o começo de uma empresa que hoje está há 60 anos no mercado. “O costume de comer panetone cresceu, consequentemente as vendas também”, afirma Sabrina.