Novo estudo aponta que a Indústria Criativa é a que a melhor paga em relação à remuneração média do brasileiro. Enquanto o rendimento médio mensal do trabalhador foi de R$ 2.451 em 2015, o dos profissionais criativos atingiu R$ 6.270. Entre os segmentos, a publicidade se destaca no crescimento em número de empregados: 17% em relação a 2013.
Os dados estão no Volume II da Coleção Atlas Econômico da Cultura. O artigo que indica dados sobre remuneração está na pesquisa Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil: os profissionais criativos no cenário de crise, de autoria de Tatiana Sánchez, Joana Siqueira, Cesar Bedran e Gabriel Bichara Santini Pinto — pesquisadores da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O texto apresenta um fluxograma da Cadeia de Indústria Criativa no Brasil e a análise da indústria criativa entre 2013 e 2015, período marcado por profunda crise econômica nacional.
A pesquisa atualiza as estatísticas sobre a classe criativa e tenta mostrar que a área criativa tem papel estratégico na Economia. Em 2015, o Brasil tinha 851,2 mil profissionais criativos formalmente empregados as áreas consumo, cultura, mídias e tecnologia.
Consumo e tecnologia respondem por mais de 80% dos trabalhadores criativos na economia brasileira. A área do consumo é a mais numerosa, respondendo por pouco menos da metade dos profissionais criativos brasileiros (44,2% do total). Na tecnologia houve expansão de 2,4% entre 2013 e 2015, apesar da moderada redução no número de trabalhadores empregados em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no período.
“A indústria criativa demanda trabalhadores com grau de formação e especialização cada vez mais elevado. Criativos gostam de desafios e são remunerados por isso”.
De acordo com o estudo, em 2015, quatro em cada cinco profissionais criativos trabalhavam em outras empresas que não as usualmente associadas ao setor criativo, o que ratifica a importância e a geração de valor obtidas por meio de um diferencial criativo.