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por ANA LARANJEIRO | alaranjeiro@negocios.pt | 06 Abril 2016

João Vasconcelos: apoiar o empreendedorismo é apoiar a criação de postos de trabalho

MIGUEL BALTAZAR/NEGÓCIOS
O secretário de Estado da Indústria destacou que a prioridade do Governo é a criação de emprego e que ajudar a nascimento de start-ups é ajudar à criação de postos de trabalho. João Vasconcelos falou ainda sobre a Indústria 4.0, uma “revolução onde ser português não é um problema”.

“A prioridade do Governo é a criação de emprego”, assinalou João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, no início da sua intervenção na conferência Ativar Portugal, promovida pela Microsoft. Tendo em conta que cerca de metade dos empregos criados no país são gerados através de empresas jovens, o governante assinalou que ajudando empresas jovens a constituírem o seu negócio é uma forma de ajudar ao lançamento de postos de trabalho.

O programa Startup Portugal, a estratégia nacional para o empreendedorismo, lançada no passado mês de Março, foi também abordado por João Vasconcelos. O governante falou nomeadamente do Programa Momentum, que visa permitir a um licenciado, que tenha beneficiado de uma bolsa de acção social na Universidade, criar a sua empresa. Para isso, é-lhe facilitada residência, espaço de incubação e uma verba mensal para fazer face às despesas pessoais.

A Zona Franca Tecnológica, uma das medidas inscritas no Startup Portugal, foi também mencionada. A medida prevê a criação de legislação e regulamentação que atraia sectores inovadores. O Governo quer atrair sectores inovadores, na sua fase mais embrionária, quando estão a ser desenvolvidos e antes de serem projectos empresariais. Assim, quando estes se tornarem numa empresa, possam ficar em Portugal.

“Estas 15 medidas são para apoiar toda a cadeia de uma start-up. Isto é para todos os sectores [da actividade económica]. O Startup Portugal quer trazer para Portugal algo que já atingimos em Lisboa, Porto e Braga para todo o País”, disse João Vasconcelos na conferência Ativar Portugal.

O Web Summit, que decorrerá em Lisboa em Novembro, foi também um dos pontos focados. E o evento vai ser, defendeu o governante, “um bom momento para todos”. “É a melhor oportunidade para mostrar um Portugal diferente ao mundo. Estamos a preparar muitas coisas para antes e depois do Web Summit”, acrescentou. O objectivo do Governo é que os efeitos do evento não se resumam aos dias do evento, mas que possam ter efeitos alargados na economia.

“Onde ser português não é um problema”

João Vasconcelos, durante a sua intervenção, abordou também a Indústria 4.0, que considera ser uma revolução que está em curso. “Esta é a revolução onde ser português não é um problema. A nossa localização geográfica não interessa. É a primeira vez que, numa revolução industrial, Portugal, devido aos investimentos [ao nível tecnológico que já realizou]” pode ter a ambição de ser parte dos líderes deste movimento, sublinhou.

Destacando que esta revolução está a mudar as fábricas e muitos modelos de negócios, o secretário de Estado assinalou que o Governo está a lançar um debate com várias empresas internacionais a forma como as indústrias portuguesas podem integrar a economia digital.

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