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Eu tenho uma fissura por livros. Tenho uma estante cheia e se me deixarem – e o bolso ajudar- eu acabo comprando mais. Alguém já me perguntou se já li todos. Pois já li QUASE todos.

Funciona assim. O livro me pega. As vezes passo numa livraria e uma obra me chama a atenção. Nem sempre sei porque. Mas muitos do que já comprei foram assim, no impulso. Nem sempre os leio na hora. Mas em algum momento de minha vida eu preciso deles. E lá estão, ao alcance de minha mão.

Pois agora resolvi fazer um exercício de contenção e não comprar tantos. E comecei a reler alguns. Descobri livros interessantíssimos que valem uma segunda olhada. Vou fazer desse um exercício para 2014. Reler pelo menos um deles a cada mês.

Comecei por esse livro que, diferente da maioria dos meus, não tem data e nenhum indicativo de onde e quando comprei. Gosto de colocar datas. Gosto de marcar onde estava quando comprei. E se bobear, ainda coloco como estava me sentindo na ocasião. Acho que acabam fazendo parte da história do livro. Eu rabisco meus livros, eu faço comentários neles, eu interajo com eles como se amigos fossem. E são. Eles me fazem voar, me fazer sonhar, me fazem ir para outro lugar dentro de mim que me recarrega.

Pois o Banheira de Arquimedes fala sobre o quê? Sobre o processo do pensamento criativo. Sobre as diferenças entre pensamentos criativos incremental e o transformador. Esse último é aquele que transforma o mundo, é aquele que inova, que faz uma baita diferença.

O autor começa falando sobre uma estrutura que é muito semelhante em pensamentos criativos – e quem trabalha nessa área há de reconhece-los pois já passou muitas e muitas vezes por esses processos:

  1. Busca demorada – é a parte do estudo da arte, do levantamento de bagagens, do estudo e pesquisa. É o suor.
  2. Pouco progresso aparente– quem não passou pela fase do trabalhar e trabalhar e a coisa não sair…até que surge um
  3. Evento precipitador – a tal banheira do Arquimedes, aquele evento que gera o
  4. Estalo Cognitivo – EUREKA! Achamos a solução. Ela parece surgir de repente, como que por milagre em nossas mentes. Mas são fruto dos anteriores.
  5. Transformação – Esse processo gera uma transformação no mundo.
Simples assim? Não, um pouco mais complexo, mas ele nos mostra de maneira bastante divertida e envolvente, com exercícios e exemplos que tornam a leitura bem divertida e produtiva.
O autor é David Perkins que é doutor em Matemática e inteligência artificial pelo Massachusetts Institute of Technology. E sim, está valendo a pena a releitura.
Compatilhado por ELENARA LEITÃO:
http://arquitetandoideias.blogspot.com.br/2013/12/a-banheira-de-arquimedes-o-pensamento.html

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